Tuesday, August 28, 2007

O Sangue dos Inocentes

Mundo cruel, entre sonhos quebrados
Se movem as teias do teu sentido,
Tu que, no horror de um mundo destruído,
Te alimentas da alma dos condenados.

És negro como a sombra dos pecados
Que crias em cada sonho vencido,
Tu que, indiferente ao lamento perdido,
Não sentes senão sonhos derrotados.

Mundo, o teu negro horror é tenebroso,
Quando, entre sombras, vens, silencioso,
Com profecias cruéis, inclementes.

E o tempo que te chama é incompleto,
Sentinela de um túmulo secreto,
Lavado no sangue dos inocentes!

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