Thursday, September 06, 2007

À Porta

À porta do silêncio e da amargura
Deixei minhas asas de solidão,
Pois, perdida na sombra da loucura,
Tentei fugir de mim, mas foi em vão.

Deixei-me cair na eterna escuridão
Que foi a essência da minha alma obscura,
Porque, no abismo da condenação,
Não há misericórdia nem ternura.

Abandonei meu sonho derrotado,
Minha breve memória de um passado
Que vivi sempre, mas nunca senti.

À porta do vazio e da tristeza,
Deixei, quebrada, a minha natureza
E, perdida do meu sonho, morri…

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