Esta é a hora
Onde os silêncios se incendeiam
E a profecia proclama entre cinzas e quimeras
O nome dos que morreram entre nós.
Herança
No palpitar do fogo que consome
A aurora dos oráculos distantes
Que foram ancestrais de cada imagem
E progénie das almas
Que florescem ainda em cada traço
Da palavra.
A nossa voz,
O espelho que estrangula o sopro da renúncia
E o pensamento
Nas marés que levaram para o abismo
O turbilhão do tempo.
O adeus, por fim,
À pena erguida em louvor à memória
E o estilhaçar de todos os destinos
No grito do melhor que se perdeu.
1 comment:
Talvez a morte seja um grito eterno
Na exacta medida em todo o verso perdura
quando em sangue é escrito
Sempre um prazer ler tua imensa poesia
Bjo.
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