Que vela o soberbo rosto da sarça ardente
Envelhecida por seiscentas encarnações.
No silêncio das trevas que envolvem a mão do deus,
Ele é a esfinge deitada no Sinai,
O esboço esmorecido e suplicante
Que se alonga até ao leito que consagra a divindade
Na saturnina pele dos ancestrais.
É como um grito
O cosmos dos mandamentos traçados na sua voz
De regras e transgressão.
A mão da montanha que desce sobre as efígies
Do povo exilado
Onde ele é líder nas trevas e no porvir
Do fogo que o investiu.
A mãe que chora
Nos olhos do apocalipse que se derrama
Unge as cinzas da criação.
1 comment:
A mão que escreve o verso
E o reverso da criação
Um prazer te ler
Bjo.
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